Infraestrutura Inicial
A plataforma de virtualização foi migrada de uma VMware Server, onde você cria VPS (“Virtual Private Server”), muito antiquada, que utilizava a emulação por software para a virtualização de qualquer sistema operacional, inclusive o ambiente Linux; para uma plataforma de Container, que virtualiza o kernel do Linux.
A princípio foi interessante experimentar o uso do LXC e LXD dentro do Ubuntu Server 16.04 para testar a emulação de kernel. Excelentes resultados inclusive para backup da plataforma virtual, ou mesmo snapshots. Porém, não muito prático para administrar o ambiente compartilhado. Encontrei algumas ferramentas interessantes para uso no lugar do LXD, administrar o ambiente virtualizado em um ambiente GUI (“Graphical User Interface”), ou seja, uma interface gráfica do usuário. Tais interfaces servem para administrar em ambiente amigável, o acesso às “máquinas virtuais” Linux. Chamo máquinas virtuais Linux porque é bem assim como se caracteriza cada container. Vale a pena destacar tais ambientes GUI para administrar servidores e ambientes VPS nos próximos títulos.
Virtualizor
Virtualizor é um painel de controle web para VPS que suporta OpenVZ, Xen PV, Xen HVM, XenServer, Linux KVM, LXC e OpenVZ 7. Os administradores podem criar um VPS on line, num único botão, assim como usuários podem administrar, ligar, reiniciar e gerenciar seus VPS na plataforma GUI web. Infelizmente, a plataforma é paga. O preço é US$ 1,00 por mês para cada máquina virtual.
Cloudmin
Cloudmin é outra plataforma GUI em ambiente web para administrar VPS. Quem é fã do Webmin para administrar ambiente Linux (ou FreeBSD), ou do Virtualmin como eu, para administrar servidor de hospedagem de sites, iria de cara se interessar pela plataforma Cloudmin. Infelizmente a base de suporte gratuita é de um único Xen ou Linux KVM. Ou seja, no meu caso que estou com foco no LXC já estou de fora. A plataforma Cloudmin Pro suporta o LXC; e aparentemente, não faz suporte como uma plataforma GUI tão eficiente assim. Toda configuração acontece na ponta dos dedos, ou seja, na configuração via SSH. O preço começa com US$ 6,00 por mês para 10 máquinas virtuais.
Proxmox VE
O Proxmox VE é uma plataforma de código aberto completa para administrar VPS para fins empresariais. Com a interface GUI Web, você pode gerenciar facilmente máquinas virtuais e contêineres. Todo armazenamento e rede são definidos por software. Permite que você crie “clusters” de servidores de alta disponibilidade além de várias outras ferramentas no conjunto de soluções do software. De cara, quem quer iniciar um ambiente profissional e barato para VPS, está aí a melhor ferramenta.
Uma assinatura Proxmox VE é um programa de serviço adicional com a finalidade de ajudar profissionais e empresas a manter suas implantações Proxmox VE atualizadas. Quem assina o programa Proxmox VE Enterprise Repository passa a acessar atualizações de software confiáveis e aprimoramentos de segurança, além da ajuda técnica de suporte. O preço do programa é € 74,90 por ano para cada máquina física instalada.
Sem dúvida o Proxmox VE foi a melhor solução encontrada.
Infraestrutura de Destino
Após a implantação do Proxmox VE, que vem instalado numa base Linux Debian, tenho acesso aos diversos Containers disponibilizados pela Turnkey Linux, que é a base de repositórios de modelos (“templates”) de containers.
No exercício para teste de servidores para o ambiente Virtualmin, experimentei de cara o Ubuntu Server 18.04 64bits. A minha versão de servidor de hospedagem estava num Ubuntu Server 14.04 32bits. No susto, o Virtualmin ainda não estava preparado para o Ubuntu 18.04 Server. Implantação abortada.
Foi feita a instalação, na sequencia, do Ubuntu Server 16.04 64bits. Após instalado o Virtualmin, verifiquei que a versão do Php ainda era a 5. Os novos aplicativos estão esperando a versão 7. Existe um repositório para Ubuntu que permite acesso a várias versões Php no servidor. Mas após migração dos sites originais, não se apresentaram estáveis. Implantação abortada.
Foi feita a instalação, então, do CentOS 7. Após instalado, o Virtualmin, estava disponível o Php 5 e 7, selecionável para cada domínio de virtualização de sites. Excelente e funcional. O único problema é que o Mariadb (que é o MySql do CentOS) perde senhas quando o site hospedado é um WordPress multisite (ou em rede). Fora tais situações, está perfeito!!!
Bem… ou encontro a solução ou crio um a solução de contorno… a princípio não preciso usar tão já o Php 7. Mas já encontrei, em meus testes, incompatibilidade de scripts da versão 5 rodando na versão 7. Ou seja, primordial o ambiente rodar duas versões. Isso no Ubuntu é um mecanismo não tão sacramentado como no CentOS. O CentOS é de fato um ambiente que é mais estável. Ou seja, o destino final no futuro, para conforto do administrador de sistemas, um CentOS.
Então decidi migrar o ambiente VMware de um Ubuntu Server 14.04 32bits para um Container Ubuntu Server 14.04 64bits. A migração de todos os domínios hospedados foi perfeita, ao utilizar o próprio backup do Virtualmin. Também sumiram os alarmes de incompatibilidade de hardware na atualização. Qualquer hora vou experimentar implantar repositório para duas versões Php no Ubuntu Server 14.04 Container. Sem esquecer de antes fazer um Snapshot para retornar ao ambiente original em caso de falha. Usar Container é maravilhoso, e criar Snapshots é coisa de segundos!
Só uma atenção deve acontecer para continuar em uso a versão do Ubuntu Server 14.04… o seu LTS (Long Time Service) ou Prazo de Serviço de Manutenção da Atualização. O quadro abaixo apresenta que o prazo do LTS do Ubuntu Server 14.04 irá vencer em 2019. Devo prestar atenção na situação e solucionar o quanto antes a migração para o CentOS7.
Conclusão
Após os testes de acesso ao ambiente de hospedagem “novo”, a velocidade de acesso aos domínios melhorou muito na velocidade de acesso. Não cheguei a mensurar, mas pelo modelo tecnológico já era esperado. Afinal, matei a camada de emulação do VMware Server obsoleto.
Como todo ambiente de infraestrutura em TI, o software não estraga com o tempo… ele deteriora. Fica obsoleto e se torna necessário migrar. É um aspecto evolutivo que impõe comprometimento e acompanhamento constante. Os novos scripts já exigem Php 7… alguns ainda aceitam Php 5… mas é questão de tempo… pouco tempo.